Já lá vai algum tempo em que os habitantes da Terra eram uns seres
fantásticos.
Nele
habitava um anão chamado Ruy, tinha 1353 anos e conhecia as artes mágicas. A
sua casa tinha apenas uma cama, um caldeirão para poções, um fogão, duas
estantes com os mais variados ingredientes para poções e um balcão onde colocava
os ingredientes.
Ora, certo dia, ia ele preparar uma poção para o Excelentíssimo,
Meritíssimo e Grande Senhor do Reino dos Contos quando… quando dá conta que as
raízes de mandrágora haviam desaparecido. Entretanto, este ouve um ruído:
«Rrrruuuusssss» seguido de um «Catuuumm». Este vai à porta e vê um vulto
espectral. O seu instinto de anão disse-lhe que aquele era o ladrão das suas
raízes. Voltou para casa e meteu numa sacola de couro várias coisas.
Andou, andou e andou até que chegou à Grande Montanha do Gelado de
Baunilha. Quando começou a subir, reparou que as pegadas se multiplicavam. Por
fim, ao chegar ao topo, depara-se com uma gruta gigantesca.
Entra e vê-se, cara a cara, com um Abominável Homem da Baunilha. Ambos
soltam um «Aaaaahhhhhh» de susto. Por fim, o Abominável Homem da Baunilha
desvia-se e Ruy apresenta-se:
- Olá, prazer! Chamo-me Ruy!
- Olá! – responde o Abominável Homem da
Baunilha.
- Como te chamas? – questionou
Ruy.
- Chamo-me Yeto, esta é a minha mulher Yetina
e este é o meu filho Yetucho.
- Então, foste tu que me roubaste as raízes?
- Sim.
- Mas… porquê?
- Ora, para as comer!
- Então, multiplico-as e, assim,
chegam para mim e para ti.
Afonso TeixeiraA imagem veio daqui
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